"Acusado de corrupção" não é sinônimo de corrupto, pra começar a conversa.
Corrupto, aliás, COMPROVADAMENTE corrupto era o Sr. Copetti Neves. Segue:
Título: Presa quadrilha que fornecia armas para milícia de ruralistas
Autor: Evandro Fadel
Fonte: O Estado de São Paulo, 06/04/2005, Nacional, p. A9
Segundo PF, tenente da PM é chefe de grupo, que seria financiado por fazendeiros para desocupar áreas invadidas pelo MST Uma força-tarefa da Polícia Federal e Secretaria de Segurança Pública do Paraná prendeu ontem preventivamente oito acusados de formação de quadrilha e tráfico internacional de armas para patrulhamento em fazendas invadidas por sem-terra, para fazer desocupação forçada. Segundo a polícia, o chefe da quadrilha é o tenente-coronel Valdir Copetti Neves, que tem 29 anos na Polícia Militar e chefiava o setor de logística do Estado Maior.
É uma postagem do Senado Federal, diga-se de passagem. Eis o link:
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/305972/noticia.htm?sequence=1
Ok, agora vamos falar do Delegado Oliveira, o "acusado de corrupção".
Ele segue na ativa, na polícia civil do Paraná. Atualmente é delegado do DEMAFE em Cornélio Procópio. Foi investigado e absolvido das acusações.
É particularmente especial a participação dele no caso por vários motivos, mas vou me ater aqui a apenas alguns.
A primeira pessoa que soube das torturas foi ele, ao questionar o Osvaldo Marcineiro.
A primeira autoridade a perceber que havia algo de (muito) errado acontecendo em Guaratuba foi ele, principalmente na atuação do Diógenes, desinformando e manipulando os policiais do grupo Águia - se você quer achar algo de errado com a relação entre a Celina e os policiais do grupo TIGRE, fique à vontade - fato é que houveram torturas e nunca houve qualquer indício de cooptação por parte da família Abagge. Então essa teoria bananeira já caiu por terra.
Também temos de destacar que, sob NENHUMA garantia constitucional, a polícia militar (do governador Requião, desafeto político de Aníbal Khury e da família Abagge, especialmente na questão do plano diretor do litoral) poderia estar fazendo investigações - algo que compete EXCLUSIVAMENTE às polícias judiciais (na figura das polícias federal e civil).
Vendo um circo deste tamanho sendo armado, aliados políticos sendo torturados e presos injustamente, você na posição do Aníbal Khury faria o quê?
Não mandaria um conhecido, de confiança, pra investigar o caso?
Lembrando que, preste bem atenção, o Delegado Oliveira foi designado para investigar o caso LEANDRO BOSSI. Ele foi designado pela própria polícia civil do Paraná, não havendo qualquer indício de interferência do Aníbal Khury - e mesmo que houvesse, observadas as VÁRIAS violações processuais, de competência policial e principalmente de direitos humanos (as torturas), sequer haveria qualquer contravenção à lei SE FOSSE uma intervenção direta do Aníbal Khury.
O Delegado Oliveira, além destes detalhes, foi responsável por uma descoberta pouco explorada nas investigações, mas extremamente importante no enredo da história, que é o caso das ligações de Aruba para familiares do Diógenes.
Dando um salto na linha do tempo, e isso é exibido nos últimos episódios, há também a história MUITO MAL CONTADA sobre o traficante que foi morar no terreno do Diógenes, que o teria visto, segundo relatou (mas depois voltou atrás) desovando um corpo no matagal.
Não existe uma só passagem do Diógenes nessa história toda que não mereça o adjetivo de "nebulosa", pra dizer o mínimo.
Pra mim, e aqui vai uma opinião pessoal sobre o caso, a chave dessa investigação resume-se ao nome DIÓGENES.