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LEITURA ORANTE DA PRIMEIRA SEMANA DA QUARESMA
21 AUG 2020 · Caminhamos para o fim da nossa primeira semana da quaresma de São Miguel Arcanjo. Refletimos nesta semana útil as virtudes necessárias para sermos bons cristãos, a partir dos ensinamentos de São João Bosco e Tomas de Kemps.
Na leitura orante de hoje, com uma edição especial, vamos refletir no espírito puro, simples e constante na vida cristã e comunhão com os anjos:
Dos ensinamentos da verdade:
O espírito puro, simples e constante não se dissipa na multiplicidade das obras; tudo faz para a glória de Deus, sem cuidar de, em coisa alguma, buscar seu próprio interesse.
Feliz quem pela verdade é instruído, não por figuras ou palavras que passam, mas tal qual é.
Os nossos juízos e sentidos, frequentemente, nos enganam e pouco alcançam.
De que aproveita a curiosidade de saber as coisas ocultas e obscuras, de cuja ignorância não seremos repreendidos no dia do juízo? Grande loucura é que, desprezando as coisas úteis e necessárias, nos entreguemos, com excessivo cuidado, às curiosas e nocivas. Tendo olhos, não vemos.
Aquele a quem fala o Verbo eterno, de muitas opiniões se desembaraça. Deste único Verbo procedem todas as coisas e todas o proclamam uno; é ele também o Princípio que nos fala. Sem ele ninguém pode compreender ou retamente julgar. Aquele que a Deus tudo atribui, e a ele tudo refere e nele tudo vê, pode ter o coração sossegado e permanecer tranquilo em Deus.
O espírito puro, simples e constante não se dissipa na multiplicidade das obras; tudo faz para a glória de Deus, sem cuidar de, em coisa alguma, buscar seu próprio interesse.
O homem bom e piedoso primeiro regula, interiormente, o que deve fazer no exterior.
Este deveria ser nosso empenho: vencer-nos a nós mesmos, tornando-nos dia a dia mais fortes, conseguindo progresso no bem.
Oremos: Ó Deus de verdade, fazei-me um convosco, em perpétua caridade. Causa-me tédio, não poucas vezes, ler e ouvir muitas coisas; em vós está tudo quanto quero e desejo. Calem-se todos os doutores, emudeçam em vossa presença as criaturas do mundo inteiro; falai-me vós, somente.
TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO: IMITAÇÃO DE CRISTO - DE TOMAS DE KEMPS
Proclamaram neste episódio: Raissa Magna e Irmã Valéria (freira da ordem das irmãs de Nossa Senhora do Cenáculo).
Benção sacerdotal e reflexão: Padre Carlos Lozada Román
20 AUG 2020 · Todo homem, naturalmente, deseja o saber; de que vale, porém, a ciência sem o temor de Deus? Melhor, sem dúvida, é o camponês humilde que serve a Deus, que o filósofo orgulhoso de si mesmo, considera o curso dos astros. Quem se conhece bem, despreza-se e não se compraz em humanos louvores.
Faltando-me a caridade, de que me valeria diante de Deus que me julgará pelas minhas obras?
Muitas coisas há cujo conhecimento pouco ou nada aproveita à alma e mui insensato é quem a outras coisas se aplica, indiferente à própria salvação. A abundância de palavras não sacia a alma; Quanto mais e melhor souberes, mais rigorosamente serás julgado, a não ser que tenhas vivido santamente.
Se te parece que sabes muitas coisas e perfeitamente as compreendes, considera que muito mais é o que desconheces.
”Não te presumas de alta sabedoria; antes, confessa tua ignorância” (Rm 11,20).
Não há melhor e mais útil ciência que o conhecimento e desprezo de si mesmo.
Ainda mesmo que visses alguém publicamente pecar ou cometer faltas graves, nem por isso te deves ter por melhor; pois não sabes o tempo em que perseverarás no bem. Fracos somos todos, mas a ninguém tenhas por mais fraco que tu.
A ciência sem as obras não o justificará no tribunal supremo, antes agravará sua sentença. Não deixa a ciência de ter suas vantagens, pois vem de Deus; mas esconde ela um grande laço e uma grande tentação: ”A ciência incha”, diz São Paulo.
Não esqueçamos nunca que somos nada e nada possuímos de próprio senão o pecado, que a justiça quer que nos abaixemos entre todas as criaturas, e que, no reino de Jesus Cristo, ”os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros” (Mt 19,30).
Oremos: Ó meu Deus, quantas vezes amigo de mim e esquecido de vós, me esvaeço com os fumos do mundo! Dai-me, Senhor, o verdadeiro espírito de humildade, a fim de que, sendo no mundo o último dos homens, possa entrar com os primeiros no reino de vosso divino Filho no céu. Amém.
Proclamaram neste devocional: Ir. Valéria (freira da ordem das irmãs de Nossa Senhora do Cenáculo), Albina Ferreira de Souza, Hamilton Eliezer e Rafael Lima.
Oração e reflexão: Padre Carlos Lozada Román
Trechos da leitura orante extraídos do livro: IMITAÇÃO DE CRISTO, escrito por Tomas de Kemps
19 AUG 2020 · Reflexões Inacianas: o caminho da vida é para dentro
“Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou” (Isaías 64:4)
A característica mais notável da vida interior é a mudança incessante que aí ocorre, o fluxo contínuo de percepções, intuições, pensamentos e sentimentos. Existe aí uma força que se revela na vida das pessoas, um "élan vital" que é responsável pela criatividade contínua da vida.
O interior é, em parte, um armazém de eventos e experiências do passado e, ao mesmo tempo, está cheio de raízes de ideias e orientações para o futuro. Dele podem surgir pensamentos inteiramente novos, ideias originais e criadoras, inspirações e intuições que nascem de súbito, revelações, experiências místicas. Pode estimular grandes empreendimentos, personificar um espírito de iniciativa, proporcionar à pessoa um poder de renovação, de coragem, de grande profundidade espiritual.
Uma pessoa integrada é certamente uma pessoa mais voltada para seus conteúdos interiores, uma pessoa que procura, de tempo em tempo, a solidão e encontra dentro de si intuições, critérios, metas e uma profunda sabedoria. A sua solidão é propositalmente procurada, é o meio preferido para se sintonizar com seus conteúdos interiores que surgem espontaneamente de dentro de si. Para chegar a esse centro interior e entrar em contato com o mistério vivo de nosso ser, os Exercícios Espirituais nos oferecem um caminho: o silêncio e a oração profunda, que permitem-nos encontrar dentro de nós mesmos uma energia dinâmica capaz de nos impulsionar para um pleno desenvolvimento de todo o nosso ser.
Encontro com sua própria humanidade:
Todo o esforço em direção ao silêncio e solidão se baseia na certeza de que o ser humano encontra dentro de si seus critérios, seus valores, as respostas mais apropriadas às suas perguntas mais básicas. Encontra ali o rumo mais adequado em direção ao seu próprio desenvolvimento. Ele encontra dentro de si o modo mais apropriado para realizar o compromisso que tem consigo mesmo de descobrir e realizar o que é genuinamente humano, de identificar-se com a própria humanidade.
À medida que se compromete consigo mesmo, a pessoa encontra um sentido para si, um fundamento para seu compromisso com os outros. Ela se transcende e se dedica em sua própria humanização e dos demais. Uma abertura, para o sentido próprio é uma abertura para o transcendente. Um encontro com aquilo que há de mais profundo no indivíduo implica um encontro com o divino.
O divino é a dimensão mais profunda do ser humano
O divino é aquilo que dentro de nós é o mais natural, o mais evidente, o mais humano. É, ao mesmo tempo, aquilo que nos transcende completamente. Sem o divino a pes-soa é vazia, sem sentido. O divino é a razão de ser da pessoa, a origem de seu sentido. A experiência de oração é o encontro com o divino que existe em nós, encontro com o fundamento de nosso ser, com a nossa razão de ser. Não é a pessoa que inventa seu sentido, mas ela o encontra em seu próprio interior. Assumir seu sentido é assumir tudo o que lhe é natural.
Realizar-se como humano implica em identificar-se com o divino. Aprendendo a olhar para dentro de nós mesmos, aprenderemos a olhar a realidade exterior de maneira bem diferente. Não apenas no nosso íntimo, mas também no exterior descobriremos a essência das coisas e o segredo íntimo de tudo quanto existe e vive fora de nós.
Texto bíblico: Leitura da Primeira Carta de Corintios, capítulo 2, versos 6 ao 16.
Proclamadores:
Irmã Valeria (freira da ordem das irmãs de Nossa Senhora do Desterro), Fernanda Bolívar e Miguel Arcanjo de Souza.
Evangelho: Luciene Ribeiro
Reflexão: Padre Carlos Lozada
18 AUG 2020 · Quem é São Miguel Arcanjo?
A exclamação “Quem como Deus?” é um grito de humildade e de obediência em defesa dos direitos divinos e consta cinco vezes na Sagrada Escritura: Dn 10,13;10,22;12,1; Ap 12,7; Jd 9.
Várias são as funções atribuídas a Miguel. Mas a missão principal do arcanjo é aquela de protetor da Igreja e defensor da cristandade.
João Paulo II também disse o quanto a figura do Arcanjo, que é protagonista em tantas páginas do Antigo e do Novo Testamento, deve ser sentida e invocada pelo povo e quanto a Igreja tem a necessidade da sua celeste proteção: dele, que vem representado na Bíblia como o grande lutador contra o Dragão, o chefe dos demônios na dramática descrição do Apocalipse: a história da queda do primeiro anjo, que foi seduzido pela ambição de se tornar como Deus. Daí a reação do Arcanjo Miguel de reivindicar a unidade de Deus e sua inviolabilidade.
É verdade que “as portas do inferno não prevalecerão”, segundo a afirmação do Senhor (Mt 16,18), mas isso não significa que esteja isenta das provas e das batalhas contra as investidas do maligno. Nessa luta, o Arcanjo Miguel está ao lado da Igreja, para defendê-la contra todas as iniquidades do século.
As aparições de Miguel tiveram um papel importante na vida e na singular missão de Santa Joana D’Arc, a Virgem de Orleans, a libertadora da França da invasão inglesa, que assim testemunhou diante dos juízes no processo movido contra ela: “foi Miguel quem vi diante dos meus olhos e não estava só, mas acompanhado por anjos do Céu.
São Francisco de Assis, nos informa Tomás de Celano, repetia frequentemente que se deve honrar em modo mais solene o Beato Miguel, porque é responsável pela apresentação das almas a Deus. Por isso, em honra de São Miguel, entre a festa da Assunção e a sua, jejuava com a máxima devoção quarenta dias. E dizia: “cada um, para a honra do tão glorioso príncipe, deveria oferecer a Deus uma homenagem de louvor ou qualquer outro presente particular”.
(Devocionário de São Miguel Arcanjo, Vanúsia Maria do Espírito Santo. Editora Canção Nova. Narrado por Rafael Henrique de Lima).
Leitura do Diário de Santa Faustina, parágrafo 706:
No dia de São Miguel Arcanjo, vi esse guia perto de mim. Ele me disse estas palavras: “Recomendou-me o Senhor que eu tivesse um especial cuidado por ti. Fica sabendo que és odiada pelo mal, mas não temas. Quem como Deus!” — E desapareceu. Contudo, continuo a sentir a sua presença e a sua ajuda.
(Diário de Santa Faustina - A Misericórdia na minha alma. Irmã Faustina Kowalska. Editora Canção Nova. Narrado por: Katia Ferreira dos Santos).
17 AUG 2020 · A palavra anjo indica o ofício, não a natureza - Devocional diário da Quaresma de São Miguel Arcanjo ⚔️🛡📿✝️
Aqueles que anunciam fatos menores são ditos anjos; os que levam as maiores notícias, arcanjos.
Por esse motivo, também a eles são dados nomes especiais para designar, pelo vocábulo, seu poder na ação.
Miguel significa “Quem como Deus?”; Gabriel, “Força de Deus”; e Rafael, “Deus cura”.
Miguel é enviado, porque pelo próprio nome e ação dá-se a entender que ninguém pode por si mesmo fazer o que Deus quer destacar.
À Maria é enviado Gabriel, que significa “Força de Deus”. Vinha anunciar aquele que se dignou aparecer humilde para combater as potestades do ar. Portanto, devia ser anunciado pela força de Deus o Senhor dos exércitos que vinha poderoso no combate.
Rafael, significa “Deus cura”, porque ao tocar nos olhos de Tobias como que num ato de cura, lavou as trevas de sua cegueira. Quem foi enviado a curar, com justiça se chamou “Deus cura”.
Toda a vida de Jesus foi cercada da adoração e do serviço dos anjos. Desde a Encarnação até a Ascenção, eles O acompanharam.
Até hoje a Igreja continua a repetir o canto de louvor que eles entoaram quando Jesus nasceu: “Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência divina” (Lc 2,14). São eles que protegem Jesus na infância (Mt 1,20; 2,13.19); são eles que servem Jesus no deserto (Mc 1,12); reconfortam-No na agonia mortal (Lc 22,43); eles O poderiam salvar das mãos dos malfeitores se assim Jesus quisesse (Mt 26,53). Da mesma forma que os anjos acompanharam a vida de Jesus, acompanharam também a vida da Igreja, e a beneficiam com a sua ajuda poderosa e misteriosa (At 5,18-20; 8,26-29; 10,3-8; 12,6-11; 27,23-25). Eles abrem as portas da prisão (At 5,19), encorajam Paulo (At 27,23s), levam Filipe ao carro do etíope (At 8,26s) etc.
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Proclamadora da leitura orante: Mara Montefusco
Reflexão: Padre Carlos Lozada Roman
LEITURA ORANTE DA PRIMEIRA SEMANA DA QUARESMA
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Author | Fernanda Bolívar |
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