No mês passado, um vídeo no qual três alunas do curso de Biomedicina de uma universidade particular de Bauru, em São Paulo, viralizou nas redes sociais. Nele, as alunas debochavam e humilhavam uma colega de classe por causa da idade. Em determinado momento, uma das meninas chega a dizer que “Era para a colega estar aposentada - e não cursando a graduação”.
Após a repercussão negativa do vídeo, elas iriam responder a um processo admnistrartivo disciplinar na faculdade, mas as três estudantes solicitaram a desistência do curso. Desta forma, o processo foi encerrado.
A vítima do caso, a estudante Patrícia Linares, de 45 anos, chegou a afirmar ter ficado bastante abalada emocionalmente e ter sofrido com o vídeo das colegas. Porém, recebeu também a solidariedade de colegas que não concordaram com a atitude das meninas.
No Manhã da Mais, a jornalista Bruna Quinalha conversou com a advogada, mestre em Direito e doutoranda em Justiça, Democracia e Direitos Humanos, Juliana Bertholdi. A advogada falou sobre o etarismo, que é justamente o preconceito contra pessoas por causa de sua idade. Ao contrário do que muitos pensam, o preconceito contra pessoas mais velhas interfere em todas as idades – como uma pessoa vista como jovem demais para ocupar um cargo de liderança, por exemplo. Pode acontecer ainda o contrário, de haver desconsideração quanto à opinião de uma pessoa apenas por ela ser idosa.
A advogada ainda explicou por quais motivos que o processo das alunas foi encerrado e em quais outras circunstâncias isso pode ocorrer!

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