O crítico Robert Hughes, em seu livro “A cultura da reclamação”, descreveu muito bem o que aconteceu com as artes nos Estados Unidos e que se repetiu no Brasil. Ele diz assim: “…como as artes mostram ao cidadão sensível a diferença ente os bons artistas, os medíocres e as fraudes absolutas, e como sempre existe um número maior dos últimos – os medíocres – que dos primeiros, também as artes têm de ser politizadas. Assim, remendamos sistemas críticos para mostrar que a ideia de ‘qualidade’ na experiência estética pouco mais é que uma ficção paternalista destinada a dificultar a vida dos artistas negros, mulheres e homossexuais, que devem de agora em diante ser julgados por sua etnicidade, gênero e estado de saúde, e não pelos méritos de sua obra.” Pois é… Em 2018 participei de um evento sobre palestras nos Estados Unidos. Me chamou atenção quando um dos maiores contratadores de palestrantes afirmou o seguinte: “está cada vez mais difícil colocar no palco um velho branco, anglo-saxão”. A pressão é pela diversidade, o que certamente cria mais tensão social. Mais uma vez, o julgamento pela etnicidade, pelo gênero, estado de saúde, tendência política/ideológica e não pelos méritos de sua obra. Você consegue perceber as consequências desse comportamento de divisão para confronto? A divisão da sociedade em tribos, com o incentivo para que se enfrentem? O ser humano, naturalmente, só confia em membros de sua tribo. E quem abraça causas de outra tribo, se transforma nos tais “eles”, aqueles agentes “do mal” que precisam ser exterminados, pois ameaçam nossa tribo, a tribo de gente “do bem”. Isca: Dê mérito a quem cria valor No Youtube: Gostou? De onde veio este, tem muito, mas muito mais. Acesse
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