Cafezinho 334 – Eu vi Rivellino jogar E o algoritmo do Youtube me traz um vídeo chamado “Roberto Rivellino was incredible”. Dezessete minutos de tirar o fôlego, cara. Olha, ao mesmo tempo, na TV, eu vejo que a Seleção Brasileira joga. Se bobear, a gente nem sabe que jogou, muito menos os nomes dos jogadores. Cara, estou falando da seleção pentacampeã do mundo. Uma entidade, que hoje vive da memória da mítica camisa amarela que um dia teve Rivellino na 11. Eu vi Rivellino jogar. E isso me afastou do futebol. Os psicólogos definem dois tipos de orgulho: o orgulho autêntico, de sentir-se bem consigo próprio, confidente e produtivo; e o “orgulho hubrístico“, que envolve a egolatria, a arrogância, o descaso… a vaidade. Hubrístico vem de húbris, conceito criado pelos antigos gregos para sinalizar um comportamento desmedido, que contrariava ou desafiava os deuses e causava o declínio e a ruína de quem se comportava daquela forma. Húbris é o excesso de orgulho. Rivellino brilhou numa sociedade de escassez, sem puxação de saco, viajando de ônibus por horas, jogando duas, três vezes por semana, com chuteira e bola de couro. De capotão. Foi forjado na dificuldade, e tinha o orgulho autêntico de quem sabe quanto custou cada degrau conquistado. A molecada de hoje joga essa coisa que chamam de futebol, tem o orgulho hubrístico. Preocupa-se com o cabelinho, com a tatoo, com o fone de ouvido e com as redes sociais. O gol... é acessório. Por isso, toda vez que ligo a TV e vejo um jogo, lembro que vi Rivellino jogar. Aí mudo pro MMA. Pelo menos lá os caras dão o sangue. Este cafezinho chega a você com apoio do Cafebrasilpremium.com.br, conteúdo extra-forte para seu crescimento profissional
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