11/03/2024 - Perspectiva semanal: mercado agro
Mar 11, 2024 ·
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Olá! Hoje é segunda-feira, 11 de março de 2024, meu nome é Luciano Scuccuglia, sou assessor de agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do...
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Olá! Hoje é segunda-feira, 11 de março de 2024, meu nome é Luciano Scuccuglia, sou assessor de agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo.
Iniciando com a soja, espera-se que Com as expectativas dos cortes do USDA, as cotações na Bolsa de Chicago (CBOT) devam seguir pressionadas diante da possível atualização no fundamento da safra brasileira reduzida. A colheita de soja segue avançando nas principais regiões produtoras e se aproximará dos 60% da área colhida com destaque para os estados do PR e MS, que se aproximam de 60% da fase de colheita e o MT superando os 90% da fase. Nos EUA a demanda deverá seguir fraca, com as compras da China concentradas na América do Sul. As previsões climáticas brasileiras se modificaram para a próxima semana, com maiores volumes de chuvas concentrados na faixa Norte, Nordeste e Sul. Para a região central, a ocorrência será menor, com possibilidade de chuvas pontuais. Na Argentina, as previsões melhoraram em relação à semana passada, com expectativa de bons acumulados para os próximos dias. Na CBOT as cotações deverão ainda seguir pressionadas, mesmo com o corte na safra brasileira e manutenção da produção Argentina. Assim, os preços internos deverão se manter na estabilidade para o curto e para o médio prazo.
No tocante ao milho, A demanda externa pelo milho norte-americano poderá ser um balizador das cotações na CBOT. De acordo com o USDA, no relatório semanal de exportações, publicado no dia 07/03, as vendas foram 3% superiores (1,10 milhão de toneladas) em relação ao período anterior e foram consideradas dentro do esperado pelo mercado. A Bolsa de Cereais, na Argentina, divulgou no dia 07/03 que a colheita no País está no início, com 2,1% da área colhida. Os cultivos em condições entre normal a excelente foram avaliados em 86,8%, estando cerca de 46 pontos percentuais superiores em relação ao levantamento da safra anterior para o mesmo período. No Brasil, a previsão climática aponta para bons volumes de chuvas nas principais regiões produtoras do milho 2ª safra, favorecendo o desenvolvimento das lavouras. Conforme a Conab, até 03/03, 73,7% da área total havia sido semeada. Os estados do Mato Grosso e Goiás são os mais avançados (92,9% e 68%, respectivamente). Internamente, a colheita da 1ª safra e a maior oferta no mercado interno para o curto prazo podem manter os preços pressionados negativamente.
Para o café, destaca-se que, A meteorologia prevê irregularidade das chuvas e temperaturas mais altas para a semana, nas principais regiões produtoras do Brasil, porém há bastante umidade no solo para continuidade do enchimento dos grãos. Ainda há preocupação sobre os efeitos do clima desfavorável entre setembro e novembro/2023 na qualidade do grão; Além dos fatores econômicos e geopolíticos, restrição de robusta pela Ásia e condições climáticas no Brasil, que continuam influenciando a volatilidade dos preços, o aumento dos estoques certificados nas bolsas de NY e Londres e proximidade da colheita do conilon no Brasil (2º maior produtor mundial) pressionam negativamente o mercado. Diante dessas incertezas de clima, de mercado e da produção de café, principalmente no Brasil, e com fundamentos nos estoques externos mais reduzidos e consumo aquecido, consideramos perspectiva de manutenção da volatilidade nos preços.
Quanto ao Boi Gordo, é importante frisar que: Em 2023, o volume de gado vivo exportado aumentou 298,9%, e o faturamento aumentou 254,2%, quando comparado a 2022. Foram embarcados cerca de 582,2 mil cabeças, com faturamento de US$488,6 milhões (Secex). A Turquia foi a maior compradora (63,5%), seguida de Iraque (9,1%), Egito (8,4%), Líbano (8,9%) e Jordânia (5%). Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo foram os principais Estados exportadores, responsáveis por 40,6%, 33,4% e 20,6% do volume exportado, respectivamente. A entrada de salário na economia, na primeira semana do mês, sugere pelo aumento do consumo de carne bovina, fato que impulsiona a reposição entre o varejo e o atacado, aumentando o preço da carne e motivando toda a cadeia produtiva. No mercado interno, em decorrência da fase do ciclo pecuário, com preços do bezerro desfavorecido, muitos pecuaristas criadores devem seguir a estratégia de abater suas fêmeas. Os produtores que tem a possibilidade de segurar o animal no pasto por mais tempo, esperando o melhor momento para negociá-lo, assim tendem a fazer. Ainda há possibilidades de nova queda na cotação da arroba do boi gordo, uma vez que a Indústria, bem-posicionada em sua escala de abate, deve ofertar valores abaixo da referência média no curto prazo.
Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
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Iniciando com a soja, espera-se que Com as expectativas dos cortes do USDA, as cotações na Bolsa de Chicago (CBOT) devam seguir pressionadas diante da possível atualização no fundamento da safra brasileira reduzida. A colheita de soja segue avançando nas principais regiões produtoras e se aproximará dos 60% da área colhida com destaque para os estados do PR e MS, que se aproximam de 60% da fase de colheita e o MT superando os 90% da fase. Nos EUA a demanda deverá seguir fraca, com as compras da China concentradas na América do Sul. As previsões climáticas brasileiras se modificaram para a próxima semana, com maiores volumes de chuvas concentrados na faixa Norte, Nordeste e Sul. Para a região central, a ocorrência será menor, com possibilidade de chuvas pontuais. Na Argentina, as previsões melhoraram em relação à semana passada, com expectativa de bons acumulados para os próximos dias. Na CBOT as cotações deverão ainda seguir pressionadas, mesmo com o corte na safra brasileira e manutenção da produção Argentina. Assim, os preços internos deverão se manter na estabilidade para o curto e para o médio prazo.
No tocante ao milho, A demanda externa pelo milho norte-americano poderá ser um balizador das cotações na CBOT. De acordo com o USDA, no relatório semanal de exportações, publicado no dia 07/03, as vendas foram 3% superiores (1,10 milhão de toneladas) em relação ao período anterior e foram consideradas dentro do esperado pelo mercado. A Bolsa de Cereais, na Argentina, divulgou no dia 07/03 que a colheita no País está no início, com 2,1% da área colhida. Os cultivos em condições entre normal a excelente foram avaliados em 86,8%, estando cerca de 46 pontos percentuais superiores em relação ao levantamento da safra anterior para o mesmo período. No Brasil, a previsão climática aponta para bons volumes de chuvas nas principais regiões produtoras do milho 2ª safra, favorecendo o desenvolvimento das lavouras. Conforme a Conab, até 03/03, 73,7% da área total havia sido semeada. Os estados do Mato Grosso e Goiás são os mais avançados (92,9% e 68%, respectivamente). Internamente, a colheita da 1ª safra e a maior oferta no mercado interno para o curto prazo podem manter os preços pressionados negativamente.
Para o café, destaca-se que, A meteorologia prevê irregularidade das chuvas e temperaturas mais altas para a semana, nas principais regiões produtoras do Brasil, porém há bastante umidade no solo para continuidade do enchimento dos grãos. Ainda há preocupação sobre os efeitos do clima desfavorável entre setembro e novembro/2023 na qualidade do grão; Além dos fatores econômicos e geopolíticos, restrição de robusta pela Ásia e condições climáticas no Brasil, que continuam influenciando a volatilidade dos preços, o aumento dos estoques certificados nas bolsas de NY e Londres e proximidade da colheita do conilon no Brasil (2º maior produtor mundial) pressionam negativamente o mercado. Diante dessas incertezas de clima, de mercado e da produção de café, principalmente no Brasil, e com fundamentos nos estoques externos mais reduzidos e consumo aquecido, consideramos perspectiva de manutenção da volatilidade nos preços.
Quanto ao Boi Gordo, é importante frisar que: Em 2023, o volume de gado vivo exportado aumentou 298,9%, e o faturamento aumentou 254,2%, quando comparado a 2022. Foram embarcados cerca de 582,2 mil cabeças, com faturamento de US$488,6 milhões (Secex). A Turquia foi a maior compradora (63,5%), seguida de Iraque (9,1%), Egito (8,4%), Líbano (8,9%) e Jordânia (5%). Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo foram os principais Estados exportadores, responsáveis por 40,6%, 33,4% e 20,6% do volume exportado, respectivamente. A entrada de salário na economia, na primeira semana do mês, sugere pelo aumento do consumo de carne bovina, fato que impulsiona a reposição entre o varejo e o atacado, aumentando o preço da carne e motivando toda a cadeia produtiva. No mercado interno, em decorrência da fase do ciclo pecuário, com preços do bezerro desfavorecido, muitos pecuaristas criadores devem seguir a estratégia de abater suas fêmeas. Os produtores que tem a possibilidade de segurar o animal no pasto por mais tempo, esperando o melhor momento para negociá-lo, assim tendem a fazer. Ainda há possibilidades de nova queda na cotação da arroba do boi gordo, uma vez que a Indústria, bem-posicionada em sua escala de abate, deve ofertar valores abaixo da referência média no curto prazo.
Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
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